Pároco de Campo vai ser homenageado pelo Rotary

José Manuel Macedo é pároco em S. Martinho de Campo há 26 anos, ou melhor, como ele diz “vou fazer 27 anos nesta paróquia. Como dizia o meu pai vou fazer, porque os romanos não tinham o zero e daí o vou fazer”.
Esta sexta feira, dia 28, o Padre Macedo vai ser homenageado pelo Rotary Club de Valongo, com um jantar. Será na Quinta da Corredoura e a homenagem irá contar com a participação de quase três centenas de pessoas que, desta forma se vão associar à homenagem.
Questionado sobre as diferenças entre o início do seu trajeto em Campo e a atualidade, o Padre Macedo refere que “o exercício do meu ministério é idêntico, temos uma vontade de servir a comunidade cristã e não só. Como diz o Papa Francisco a Igreja não se pode salvar a si mesma, tem de servir a comunidade cristã para que esta seja o fermento”.
Sobre a falada diminuição de crentes, José Macedo diz ao nosso jornal que “não basta tocar o sino para fazer aparecer as pessoas. A Eclésia significa convocar as pessoas, por isso temos de as convocar. Desde que as convoquemos, as pessoas sentem-se bem e celebram a sua fé. Não podemos estar à espera na cátedra que as pessoas apareçam”.
Sobre o papel do Papa Francisco nessa convocatória, o pároco de Campo refere que “o Papa Francisco tem sido uma lição sublime para o nosso tempo. No aspeto da dinâmica pastoral da igreja de corresponder aos anseios do nosso tempo, o Papa Francisco tem tido uma ação de louvar”.
A Igreja tem na vila de Campo também um papel de envolvência social, com o Centro Paroquial a funcionar em pleno e com outras valências em destaque, como a creche, o apoio domiciliário e o centro de dia. Para o Padre Macedo, trata-se de uma intervenção importante da Igreja, mas não a mais importante. “A dinâmica social não é a prioridade da Igreja, a prioridade da igreja é anunciar Jesus Cristo, é evangelizar. Se a igreja perde essa dimensão fundamental, perde-se. A igreja tem, no entanto, um corpo social, a doutrina social da igreja, que permite apoiar quem mais precisa. É um meio, é uma porta que se abre para atingir o coração das pessoas. É uma forma visível de dizermos às pessoas que Cristo está connosco”.
O pároco louva também o trabalho “extraordinário” da Conferência de S. Vicente de Paulo que é, (não só mas também) levar cabazes às pessoas.
A Quinta do Passal, cedida à paróquia pela família Moreira Gonçalves, vai ser usufruída pela população. “Tudo começou com uma amizade que tive com o senhor Moreira Gonçalves, que foi uma pessoa que me recebeu em sua casa e no seu coração. Um dia entendeu que gostaria de deixar a Quinta à Igreja. Acabei por aceitar e hoje está a ser alvo de uma intervenção para ser utilizada pela comunidade. Celebramos um protocolo com a Câmara Municipal, porque ela tem os seus meios, que nós não temos. Tenho de agradecer o trabalho do presidente da Câmara em ter auscultado as intenções nossas e que são as mesmas que o senhor Moreira Gonçalves tinha. Será um espaço que vai enriquecer a paróquia, a freguesia, mas também o próprio concelho”, refere José Macedo.
Sobre a intervenção que decorre frente à Igreja (Nova Centralidade de Campo), o pároco de Campo começa por referir que “a atual igreja foi construída sobre uma antiga, tem elementos dessa igreja antiga, como azulejos e a talha dourada. Ou seja, para além de ser um espaço religioso, a igreja pode ser um espaço cultural e com a melhoria do acesso penso que todos teremos a ganhar”.

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