Imagem: Maia & Borges
Os cerca de 200 trabalhadores da Maia & Borges, empresa de fabrico de brinquedos em PVC localizada em Nogueira da Maia, começaram esta terça-feira, 26 de agosto, a receber os salários em atraso relativos ao mês de julho, conforme o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-IN). Também os subsídios de férias pagos em duodécimos foram regularizados.
Na manhã de segunda-feira, os operários encontraram a fábrica fechada a cadeado, sem perspetivas de receber os vencimentos em atraso. O cenário motivou uma concentração marcada para as 8h desta terça-feira, mas o protesto acabou por não se realizar, uma vez que os portões já se encontravam abertos e os salários começaram a ser depositados nas contas bancárias dos trabalhadores.
De acordo com a administração, esta foi a “primeira vez” que o pagamento dos salários sofreu um atraso superior a 20 dias. Ainda assim, o SITE Norte recorda que os atrasos salariais são uma prática recorrente no grupo empresarial, fundado em 1976, que já foi responsável pela produção dos famosos bonecos “Estrunfes”.
A situação gerou forte consternação entre os trabalhadores, sobretudo porque muitos enfrentam despesas imediatas, como o pagamento de rendas e a compra de material escolar. A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) foi informada das irregularidades.
Apesar da regularização parcial, o sindicato alerta para a necessidade de maior estabilidade e questiona a falta de rentabilidade alegada pela administração, numa altura em que “os ritmos de produção são intensivos e todo o fabrico é destinado à exportação”.
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