Na feira do Livro: Agorárte apresentou livro sobre os seus 20 anos de vida

Ao início da noite de 18 de julho último, no Espaço Livro, que se encontrava completamente lotado, e integrado no programa da XXVIII edição da Feira do Livro de Valongo, foi apresentado o livro “Agorárte – 20 anos ao serviço da cultura em Ermesinde (2003-2023)”, pelo autor, Manuel Augusto Dias e pela pessoa que fez a revisão do livro, Ilda Pinheiro.

Um e outro são professores da USE e dirigentes da Agorárte, Drs. Manuel Dias e Ilda Pinheiro, presidente e vice-presidente da Direção, respetivamente.

Ilda Pinheiro apresentou o autor, cuja obra em lançamento é a sua 30.ª publicação (algumas delas em coautoria), dizendo ter nascido em Ansião (freguesia e concelho), cursado História na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e concluído o Mestrado em História das Instituições e da Cultura Moderna e Contemporânea na Universidade do Minho. Pôs a ênfase na sua vertente da escrita, quer como colaborador de diversos jornais locais (lembrou que é o diretor de “A Voz de Ermesinde”, desde janeiro de 2018), regionais e nacionais, quer como autor de livros.

A apresentação desta obra prosseguiu com algumas questões colocadas por Ilda Pinheiro ao autor, nomeadamente, sobre a atividade cultural da Agorárte. Ele explicou, que como o livro mostra, a Ágora, como se designou nos primeiros anos esta associação, e depois Agorárte, sempre tiveram como principal objeto da sua existência, a dinamização cultural. Recordou que esta instituição nasceu no dia mundial da poesia do ano 2003 e que, nos seus primeiros anos de vida, a poesia foi o mote para vários encontros culturais, na Escola Secundária, no Fórum e na Vila Beatriz. Apreciou a escolha do nome “Ágora”, inspirado na praça central de Atenas, onde nasceu a democracia, regime que hoje caracteriza a nossa vida política e a do espaço onde nos integramos (União Europeia). Depois quando surgiu a Agorárte, propriamente dita, o dinamismo cultural da responsabilidade desta associação prosseguiu com a promoção de conferências, palestras, seminários temáticos, encontros, comemorações, evocação de escritores e poetas e visitas de estudo.

Outra questão colocada por Ilda Pinheiro aludiu à criação da Universidade Sénior, sem dúvida a mais importante valência da Agorárte. Manuel Dias disse que a Universidade Sénior de Ermesinde surgiu em março de 2010, já leva mais de 13 anos de existência e ele próprio, que leciona História Contemporânea, e Jacinto Soares, que ensina História Local e Regional, são os únicos docentes que se mantêm desde a fundação e, neste momento, a Universidade oferece aos seus estudantes cerca de 30 disciplinas, com outros tantos professores e funciona nos pisos 0 e 4, do edifício Faria Sampaio, frente à loja do Cidadão.

Falando de outras valências, o autor lembrou os “Jograis do Leça” que no dia 14 de julho aqui atuaram, tratando-se de um grupo, cujo nome lhe mereceu elogios, que se dedica também à poesia. Também, porque a Universidade tem o grupo ÁgoraTeatro, que para além do teatro se dedica igualmente à poesia, promovendo regularmente “Tertúlias de Poesia” que ocorrem aqui no Fórum Cultural. O “Ermes” é o grupo de pedestrianismo da Agorárte, que dá, de certa forma, seguimento a esta atividade de caminhar e conhecer melhor o que se vê, como aconteceu no princípio da vida desta associação, quando foram feitas caminhadas por Ermesinde, orientadas pelo Dr. Jacinto Soares que, aqui e ali, parava para dar uma explicação histórica de um espaço, ou de um edifício, às pessoas que o acompanhavam.

Sobre o apoio que as autarquias dão à Agorárte, foi dito que tanto a Junta de Freguesia de Ermesinde, como a Câmara Municipal de Valongo, reconhecendo a relevância social da atividade desta associação, «vêm apoiando a nossa existência e atividades, quer cedendo espaços para podermos desenvolver o nosso plano de eventos, muitos deles abertos à comunidade, quer subsidiando algumas atividades da sua iniciativa, para as quais somos convidados».

Relativamente ao futuro da Agorárte, última questão colocada por Ilda Pinheiro, o presidente da Agorárte referiu que espera conseguir do governo a declaração de Instituição de Utilidade Pública, que a associação bem merece pelo serviço social que presta à população sénior. Disse ainda que se pretende conseguir, no que respeita à Universidade, o mesmo número de alunos do período pré-pandemia, aumentar o número de disciplinas a oferecer aos estudantes e criar uma Tuna da USE. Tentando motivar o auditório frisou que a Universidade promove o envelhecimento ativo, cuidando do corpo e da mente, «até porque nós, seres humanos, temos a capacidade de aprender até morrer, assim o queiramos!» – disse.

O livro “Agorárte – 20 anos ao serviço da cultura em Ermesinde (2003-2023)” tem 228 páginas, e deixa para memória futura os primeiros 20 anos de vida desta Associação. Os pontos mais importantes, de acordo com o respetivo Índice são: Do Ágora à Agorárte, os Estatutos, a Sede, os Fundadores, os Corpos Gerentes, a Atividade da Agorárte nos primeiros anos, a Universidade Sénior de Ermesinde, Atividades Extracurriculares e Outras Valências. Um dos capítulos mais longos é “A história da Agorárte em datas”, com centenas de entradas por ordem cronológica.

Finda a apresentação do livro sobre os 20 anos da Agorárte houve ainda tempo para o autor autografar vários exemplares, antes do público se deslocar para o Palco Principal onde ia atuar o grupo coral da Agorárte/USE – “Cantigas d’Ouvido”.

Entretanto este livro está disponível até ao fim da feira do Livro no espaço da Voz de Ermesinde.

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