Mural alusivo ao 25 de Abril foi vandalizado na Maia, mas não impediu inauguração

Fotografias: Maia Cultura | @DR

Dezenas de pessoas estiveram presentes na apresentação da arte urbana “O som da Revolução”.

Apesar do ato de vandalismo, a Câmara Municipal da Maia manteve o programa e apresentou, na tarde de ontem, na Avenida Eng. António Bragança Fernandes, o Mural Comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril, designado, “O som da Revolução”.

Ao longo da tarde, a moldura humana, foi ganhando vida e tamanho, à medida que os minutos iam passando. Foram muitos os que quiseram apoiar a impactante manifestação artística, com 420 metros quadrados, desenvolvida pelos artistas Regg Salgado e Mariana Santos.

Ao mesmo tempo que decorreu a apresentação oficial ao público, foram efetuados os trabalhos necessários de restauro da obra.

Neste mural comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril, os artistas quiseram fazer uma homenagem aos milhares de pessoas que fizeram a revolução acontecer e que continuam até aos dias de hoje a lutar e a zelar pela liberdade.

A pintura começa com uma figura a segurar num rádio, pois foi exatamente na rádio que se ouviram as senhas que secretamente deram o sinal para o início da revolução.

As áreas seguintes do mural mostram multidões de pessoas, que se juntaram, na rua, para apoiar e celebrar a revolução durante o 25 de Abril e nos dias e semanas que se sucederam, um pouco por todo o país.

Fotografias: Mário Santos | CM Maia

“Aqui mostramos multidões no Rossio, no Largo do Carmo, em Lisboa e também na Avenida dos Aliados, no Porto”, baseados em fotografias de Alfredo Cunha e Sérgio Valente.

O mural é concluído ao lado direito com a célebre foto de Eduardo Gageiro que representa soldados e civis com cravos a comemorar a vitória da insurreição militar que acabaria com a ditadura.

Esta obra pretende enaltecer a população que fez parte da revolução pois foi exatamente pela sua adesão em massa ao movimento, que a reação do regime foi praticamente inexistente, tornando o 25 de Abril talvez a revolução mais pacífica da história.

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