Os incêndios foram um dos temas mais preocupantes este verão, o mais quente de sempre na Europa. Em Gondomar, arderam 110 hectares, num total de 198 incêndios. Os números são do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e mostram que o concelho está entre os 20 com maior número de incêndios rurais até 31 de agosto.
Durante o período em análise no relatório divulgado pelo ICNF, houve 198 incêndios no concelho de Gondomar, que queimaram 55 hectares de povoamentos, 52 hectares de mato e 3 hectares agrícolas, num total de 110 hectares afetados pelas chamas.
A maior parte da área ardida fica na União de Freguesias da Foz do Sousa e Covelo, como o percurso da linha de Midões, PR1, em direção aos Moinhos de Jancido, um dos ex-líbris turísticos da região. Já no rescaldo deste incêndio, a área ardida mereceu uma visita do Executivo de Gondomar e d’Os Rapazes de Jancido, o grupo de cidadãos responsável pela recuperação e manutenção dos moinhos.
O Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, refletiu sobre os números da área ardida em 2022 e comparou-os aos do ano passado. “Tivemos menos áreas ardidas e menos ocorrências. Felizmente, não houve nenhuma vítima, nem qualquer dano em edifícios, porque tudo o que ardeu foi mato, nesse sentido, foi um balanço positivo”, disse em declarações ao jornal online Vivacidade.
Sobre o incêndio que atingiu o trilho dos moinhos de Jancido, o autarca disse haver fortes indícios de fogo posto e garantiu que as autoridades estão a investigar. “No caso concreto dos Moinhos de Jancido, o que combinamos com a APA foi fazer um levantamento com uma equipa de biólogos, para ver quais são as melhores espécies para a re-plantação. Apesar de ainda não termos valores, estamos preocupados com o assunto e vamos apoiá-los na preservação daquele património que é muito importante e que hoje, é um dos grandes focos de atração turística para Gondomar”, avançou o autarca.