A trajetória de desenvolvimento do concelho de Valongo foi claramente interrompida nos últimos quatro anos. É tempo de retomar uma estratégia de progresso assente num planeamento bem estruturado e na canalização do investimento para onde é efetivamente necessário! Renovação, modernidade e desenvolvimento são, pois, algumas das premissas que a Coligação Unidos por Todos, cuja candidatura lidero, propõe para o nosso concelho.
É com a máxima convicção que me candidato a Presidente da Câmara Municipal de Valongo. Nasci há 40 anos em Ermesinde, freguesia onde sempre vivi e cuja Junta tenho a honra de presidir. Fui trabalhador estudante e licenciei-me em Psicopedagogia, tendo também concluído uma pós-graduação em Gestão Autárquica Avançada. Sempre tive grande envolvimento ao nível cívico e associativo no concelho de Valongo. Acredito que, juntos, podemos fazer mais e melhor pelo nosso concelho. Para isso, a Coligação Unidos por Todos apresenta uma equipa coesa e representativa de todas as freguesias do concelho, composta por pessoas com grande capacidade de trabalho e com provas dadas ao nível profissional e com experiência autárquica.
É urgente desenvolver um planeamento estratégico
Valongo não pode continuar da forma que está. Há que delinear uma estratégia própria de desenvolvimento, transversal a todas as áreas e adequada às necessidades do nosso concelho. Defendemos que, na sua implementação, a Câmara Municipal deve envolver ativamente a Juntas de Freguesia, que são parceiros privilegiados, não podendo ser encarados como uma ameaça, como sucede atualmente. Avançaremos, portanto, para um processo que vá além da delegação de competências imposta por lei. Entendemos que se a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia estiverem alinhadas numa estratégia comum, a resposta às dificuldades das populações será muito mais célere e eficaz! Defendemos ainda que o apoio às Juntas de Freguesia deve ser reforçado para aumentar a eficácia do trabalho referente à varredura das ruas, às pequenas reparações nas escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico, bem como à gestão e manutenção dos espaços verdes.
Circulação, mobilidade e higiene urbana
Há que garantir que as nossas vias e arruamentos estão sempre em perfeitas condições de utilização, o mesmo se aplicando aos passeios, onde é suposto que todos, incluindo pessoas com mobilidade reduzida e pessoas com carrinhos de bebé, possam circular com conforto e segurança. Queremos minimizar as queixas de quedas de idosos e tantas outras decorrentes do atual mau estado generalizado de conservação e manutenção das vias, arruamentos e passeios do concelho.
É também imperioso dotar o concelho de um sistema de transportes capaz de servir toda a população, até porque existem ainda equipamentos sociais e estabelecimentos escolares sem resposta ao nível dos transportes públicos. Faremos valer a nossa posição na STCP para combater esse isolamento e, se for necessário, criaremos uma linha de transportes municipal que permita melhorar as condições de mobilidade.
Uma queixa recorrente dos munícipes e que assume hoje proporções muito preocupantes, prende-se com a falta de limpeza e acumulação de lixo junto dos equipamentos de recolha de resíduos. Atualmente há lixo espalhado por todo o lado e gordura à volta dos equipamentos de recolha… Os nossos munícipes não merecem isso! Defendo, portanto, a implementação de uma política de higiene urbana que torne o nosso concelho num dos mais limpos do País. Para isso, é necessário reforçar a colaboração com as juntas de freguesia e aumentar o número de pontos de recolha de lixo, ecopontos e papeleiras, voltar a apostar na higienização e limpeza dos contentores (moloks).
Revitalização de zonas empresariais e criação de emprego
Com várias zonas empresariais e industriais no concelho, Valongo precisa de criar condições para a fixação de novas empresas. Segundo as últimas estatísticas do Instituto de Emprego e Formação Profissional, Valongo tem ainda 5869 desempregados. Há que investir na revitalização das zonas empresariais e industriais, melhorando as condições de instalação e fixação de novas empresas e potenciando assim a criação de novos postos de trabalho.
Na estratégia para o desenvolvimento económico e social do concelho não pode ser esquecido o grande potencial do Turismo. Queremos adotar uma estratégia concertada de promoção e dinamização ambiental, religiosa e cultural que vise dignificar os diversos locais do concelho e incluir definitivamente o nosso concelho na rota dos operadores turísticos. É preciso, por exemplo, promover adequadamente as Serras de Valongo e alavancar o desenvolvimento local, gerando riqueza e criando postos de trabalho. Efetivamente, tanto ou mais importante que o desenvolvimento das iniciativas propriamente ditas, é fundamental que o tecido empresarial e a comunidade retirem daí vantagens, porque só assim será possível melhorar as condições de vida dos valonguenses.
Na Educação, as pessoas serão a nossa prioridade
A aposta na Educação deve ser retomada. Queremos que Valongo seja reconhecido na Área Metropolitana do Porto como um dos concelhos que mais se destaca pela qualidade dos estabelecimentos de ensino, mas também pela qualidade das respostas e iniciativas implementadas em parceria com os agrupamentos de escolas. O Orçamento Participativo Jovem poderá ser uma das formas de desenvolver projetos nas escolas ao invés de ser usado, como é hábito no atual mandato, em obras que são da competência da Câmara Municipal, demonstrando que a Autarquia falhou no exercício das suas funções. Iremos igualmente reivindicar junto do Governo a adopção de medidas que permitam a garantir melhores condições aos alunos que transitam do 1º para o 2º e 3º Ciclo e Ensino Secundário, acompanhando a qualidade de todos os estabelecimentos de ensino. Ao nível da infância e juventude defendemos a implementação de estratégias de dinamização de respostas abrangentes para as necessidades das famílias, desde o berçário até à idade adulta.
Criar serviços de apoio direto à população
No que à Ação Social diz respeito, a par do Fundo de Emergência Social, pretendemos criar um conjunto de serviços de apoio direto à população, bem como tornar mais célere o processo de atribuição de habitação social. É inadmissível que a Vallis Habita demore tanto tempo a requalificar as casas vagas, alegando falta de dinheiro, quando em ano de eleições gastou milhares de euros num passeio oferecido aos moradores dos empreendimentos…
Ainda nesta área, defendemos o desenvolvimento de uma política de apoio social aos mais carenciados que vise a autonomização dos beneficiários, bem como a implementação de um projeto municipal de combate ao isolamento sénior. Nesta política de apoio social, destaque ainda para a importância de respostas céleres e adequadas às necessidades dos cidadãos com deficiência. É imperativo tomar medidas para que estes continuem a ter uma retaguarda nas instituições após os 18 anos! A resposta atual no concelho é manifestamente insuficiente.
Ao nível do Associativismo é igualmente necessário seguir uma estratégia concertada. Defendemos o reforço do apoio às coletividades, sustentado numa estratégia concertada na promoção do nosso património cultural.
Considero, em jeito de conclusão, que é imperioso que o Município de Valongo assuma uma estratégia própria de desenvolvimento, não podendo esperar exclusivamente por fundos comunitários. Efetivamente, os quadros comunitários de apoio devem servir como alavanca de suporte de uma estratégia bem pensada, estruturada e adequada às necessidades do nosso concelho. É insustentável manter o atual rumo, em que o investimento decorre essencialmente os apoios dos fundos europeus, não passando de medidas avulso, sem estratégia de desenvolvimento.
Unidos, faremos mais e melhor pelo nosso concelho!
Luís Ramalho – Unidos por Todos
