Na sequência do chumbo pelo PSD e CDU na reunião desta quinta-feira da Câmara Municipal, da 2.ª Revisão do Orçamento e 2.ª Revisão das Grandes Opções do Plano do ano 2017, o PS de Valongo enviou para as redações uma nota onde denuncia a existência de uma Coligação Negativa que “quer impedir a governação local e a concretização de inúmeros projectos há muito ansiados pela comunidade”.
Na nota, aquele partido congratula-se com “o feito histórico do actual executivo socialista”, que pela primeira vez em 10 anos conseguiu que as contas da Câmara Municipal estejam abaixo do limite legal da dívida e ainda por cima reduzir o Prazo Médio de Pagamento para 5 dias.
O PS Valongo diz estar preocupado com “as consequências muito negativas para o município, instituições e famílias que aguardam com legitima expectativa a resolução de diversos problemas que são solucionados com a 2.ª revisão do orçamento hoje chumbado”, dando os seguintes exemplos: A substituição da iluminação pública por tecnologia LED em todo o concelho, que iria permitir voltar a ligar todos os 5000 postes que foram desligados no mandato anterior; A construção/reparação de parques infantis; A requalificação de diversos arruamentos em todo o concelho; Intervenções urgentes em várias escolas de todo o concelho; Aquisição de computadores para as escolas; Reabilitação do Moinho da Levada do Cabo e reabilitação do Antigo Cinema em Alfena; Intervenção em vários equipamentos desportivos em Valongo, Alfena e Sobrado; Conclusão da intervenção no parque de estacionamento da Azenha em Campo uma das portas de acesso ao Parque das Serras do Porto; Reforço do apoio às corporações de Bombeiros de Valongo e Ermesinde; O arrendamento da Casa do Povo em Ermesinde para abertura de um Pólo Sénior; A aquisição de novo autocarro para transporte de crianças entre outros munícipes.
O PS Valongo refere solidarizar-se com o presidente da Câmara, José Manuel Ribeiro, “que é quem presta contas às pessoas apesar de não possuir todas as condições para governar e lamenta este comportamento de autêntico terrorismo, pois ao querer impedir a governação local querem no fundo atacar a pessoa do Presidente pois sabem que não tem sozinho condições para governar. O PS Valongo apela ao bom senso dos partidos da oposição para que deixem trabalhar quem trouxe rigor e transparência ao Município de Valongo, marcas hoje reconhecidas por todo o país”.
PSD quer consensos
Entretanto o PSD de Valongo, também em comunicado enviado à nossa redação, refere que votou contra a proposta da 2ª revisão orçamental apresentada na reunião pública da Câmara de Valongo porque “o presidente da Câmara Municipal de Valongo apresentou um novo Plano Plurianual de Investimento sem permitir qualquer discussão entre as forças partidárias, como é próprio na elaboração de um plano de investimentos”.
No documento enviado é referido que o PSD propôs a retirada do ponto com o objetivo de “ser alcançado um consenso alargado a todas as forças partidárias. Esta proposta não coloca em causa qualquer um dos investimentos previstos nesta revisão, tendo o PSD pedido o agendamento de uma reunião entre os vários partidos e o presidente da câmara para discutir as várias opções. Tratando-se de um verdadeiro novo Plano de Investimento Plurianual e sendo um documento de cariz político, o PSD entende que deve existir um consenso alargado com todas as forças partidárias. Sendo contrário a métodos anti-democráticos o PSD entendeu rejeitar o documento, mantendo a proposta de reunião entre as várias forças políticas.
O voto contra hoje expresso em nada bloqueia a ação da Câmara Municipal nem inviabiliza os projetos previstos neste documento. O PSD está já habituado a que o presidente da Câmara de Valongo apresente as propostas quando está a esgotar todos os prazos, não aceitando, por isso, o argumento de que a proposta teria de ser aprovada hoje para ser submetida à Assembleia Municipal que se realiza no próximo dia 27. O incentivo do Orçamento de Estado não se esgota numa semana…”