Agência Portuguesa do Ambiente: “2,2 mil milhões de pessoas não têm ainda acesso a água potável”

À boleia do Dia Mundial da Água, que se comemora esta quarta-feira, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) alerta para a necessidade de “acelerar a mudança para resolver a crise de água e saneamento”.

De acordo com esta entidade, “os números ilustram bem o trabalho que ainda é preciso realizar”: 2,2 mil milhões de pessoas não têm ainda acesso a água potável e 4,2 mil milhões não têm saneamento adequado, mais de 2 mil milhões vivem em países com um elevado nível de “stress” hídrico.

Em Portugal, a gestão dos recursos hídricos, que inclui águas superficiais e subterrâneas, pressupõe o acesso de todos à água, a sua proteção como bem ambiental e a sua utilização eficiente, enquanto recurso escasso.

A APA sublinha ainda que o maior desafio do planeamento e gestão dos recursos hídricos no país é “conjugar as necessidades setoriais com as disponibilidades de água, garantindo o bom estado das massas de água”. Neste sentido, a eficiência hídrica é um dos objetivos para o futuro, aliada à redução das perdas e dos consumos, ao uso de origens alternativas como o aproveitamento das águas residuais urbanas devidamente tratadas.

Note-se que a APA é a Autoridade Nacional da Água em Portugal. Por isso, tem vindo a desenvolver atividades que incluem a definição e execução da política nacional de recursos hídricos.

A APA trabalha, também, na prevenção e gestão de situações de seca e de inundações, elaborando planos de minimização do risco e de adaptação, coordenando ainda a adoção de medidas de contingência durante a ocorrência de situações extremas.

De olhos postos no futuro, a Agência Portuguesa do Ambiente defende que “é preciso mudar o paradigma e apostar na eficiência”. Assim, a “reutilização da água tem de ser encarada como uma oportunidade”. Por um lado, porque permitirá expandir projetos dependentes de água, mas também porque ajudará a minimizar os efeitos da seca e da escassez e ainda melhorar as condições ambientais, “diminuindo os volumes de água captados”.