Depois da pandemia, aí está o regresso da Feira da Regueifa e do Biscoito e Mercado oitocentista

Programa completo da 7ª edição da Feira da Regueifa e do Biscoito & Mercado Oitocentista

De 1 a 5 de junho, Valongo volta a vestir-se a rigor para celebrar uma das suas logomarcas mais características: o setor da panificação e, em particular, a afamada regueifa e os doces biscoitos. A programação está fechada e o núcleo central da cidade de Valongo já está a engalanar-se para receber os milhares de visitantes aguardados na Feira da Regueifa e do Biscoito & Mercado Oitocentista, que regressa com toda a força em formato presencial após dois anos de interregno devido à pandemia.

Este evento é organizado, desde 2014, pela Câmara Municipal de Valongo em conjunto com a Junta de Freguesia de Valongo, tendo como principal objetivo a promoção da regueifa e dos biscoitos “made in Valongo”, bem como a preservação das tradições centenárias associadas aos ofícios da panificação.
“Agora que estão reunidas as condições para retomar a Feira da Regueifa e do Biscoito & Mercado Oitocentista em formato presencial, acreditamos que esta edição vai ser a melhor de sempre. Contamos com a energia das pessoas para honrar as nossas tradições ligadas à regueifa e ao biscoito e para transformar este evento numa grande homenagem aos nossos padeiros e biscoiteiros, que mesmo nos piores momentos da pandemia nunca pararam de nos disponibilizar as suas iguarias”, salienta o presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro.
Como já é habitual, o núcleo nobre dos padeiros e biscoiteiros no Largo do Centenário é o centro das atenções desta feira, graças à presença dos padeiros e biscoiteiros neste espaço de venda que inclui fabrico ao vivo. Desde os tradicionais moletes à famosa regueifa feitos com farinha de trigo, às versões de pão mais contemporâneas e outras doçarias, há de tudo um pouco nesta praça. O núcleo do Mercado Oitocentista concentra-se na Praça Machado dos Santos e a Rua de São Mamede estará cortada ao trânsito para acolher a venda de artesanato.
A cada edição surgem novidades na Feira da Regueifa e do Biscoito & Mercado Oitocentista. Este ano, a Rua de Sousa Paupério vai contar, além da habitual decoração, com uma exposição de fotografia marcante para a cidade de Valongo e para a comunidade local. Nela pode contar com uma viagem no tempo onde o passado e o presente se unem numa só imagem.
A Feira da Regueifa e do Biscoito & Mercado Oitocentista arranca oficialmente na quarta-feira, dia 1 de junho, pelas 14h30, com o desfile das crianças das escolas do Concelho de Valongo que se vestem a rigor para recriar profissões antigas ligadas à panificação.
Nas recriações históricas, destacam-se também a Bênção do Pão de Santo António e o Cortejo dos Padeiros, na sexta-feira, dia 3, a Procissão e Pregão de Santo António, sábado, no dia 4.
Criar novas receitas que incluam regueifa e biscoitos foi o desafio lançado ao chef pasteleiro Marco Costa. Autor do blog «Receitas Com Segredo» e ex-concorrente do programa Casa dos Segredos 2, vai partilhar algum do seu conhecimento na área da culinária e pastelaria no átrio exterior da Oficina da Regueifa e do Biscoito. O showcooking realiza-se no sábado, dia 4, às 17h00.
Também no sábado, terá lugar o desfile da Confraria do Pão, da Regueifa e do Biscoito de Valongo, que celebra o seu aniversário numa cerimónia a que chamam de Capítulo e que ocorre durante a Feira do Regueifa e do Biscoito & Mercado Oitocentista, a partir das 14h00.
O concurso que elege a Melhor Regueifa e o Melhor Biscoito da Feira é outro momento-chave neste evento. No domingo, dia 5, um grupo de jurados vai provar dezenas de regueifas e biscoitos das padarias e biscoitarias do Concelho para eleger os melhores produtos à venda no certame, que serão criteriosamente avaliados em prova cega.
Durante todos os dias, o Museu Municipal e Oficina da Regueifa e do Biscoito de Valongo também funcionarão em horário alargado.
A música também faz parte da Feira da Regueifa e do Biscoito & Mercado Oitocentista de Valongo. Além da animação itinerante com os grupos Gaitifarra, Guindilha, Sópraki, Gaitas Sirigaitas e Cuspidores de fogo que se farão ouvir em vários pontos da feira, haverá espetáculos musicais para todos os gostos, tanto no palco montado na Praça Machado dos Santos, como no palco principal no Largo do Centenário.
O palco principal vai ser inaugurado quarta-feira, dia 1, pelos sons mirandeses de Galandum Galundaina. Uma conjugação de gaita de foles mirandesa, flauta pastoril, rabel, saltério, cântaro, pandeiro mirandês e outros instrumentos característicos da região de Miranda que promete animar toda a plateia.
Na quinta-feira, dia 2, será a vez da banda portuguesa Virgem Suta se fazer ouvir. O pop-rock vai encher o Largo do Centenário com os temas obrigatórios em concerto como Regra Geral, Linhas Cruzadas, Dança de Balcão ou Vovó Joaquina.
Carlão, ex-vocalista dos DaWeasel, vem a Valongo no sábado, dia 4, cantar alguns dos seus temas mais marcantes dos últimos anos. Desde que, em 2009, deixou a banda onde atuava sob o pseudónimo Pacman, tem-se dedicado a vários projetos como a escrita enquanto colunista de várias publicações ou a presença em programas televisivos como jurado. Assobia para o lado, Viver para sempre ou Os Tais são alguns dos temas que vão marcar o concerto.
O concerto de Némanus, no domingo, dia 5, não vai deixar ninguém indiferente. Os ritmos quentes dos irmãos de Peniche vão encher o Largo do Centenário e pôr toda a gente a dançar ao som de Aiué do roça roça, que conta com mais de 11 milhões de visualizações ou Youtube, ou Dançando kizomba, que já ultrapassa os 5 milhões.
Na Praça Machado dos Santos, o projeto Sérgio Mirra Trio é o primeiro a subir ao palco com música tradicional portuguesa tocada por instrumentos como o cavaquinho, o bandolim, as violas regionais e, claro, a voz característica de Sérgio Mirra, acompanhado por Luís Pinho na guitarra de 7 cordas e por Hervê Freire na percussão.
Inspirados pelas melodias tradicionais do Douro, a banda Andarilhos vai trazer ao palco da Praça Machado dos Santos ritmos, tradições, melodias e vivências da região. Andam na estrada desde 1991, mas desde 2016 que experimentam uma nova era de fazer música.
Depois de uma pausa na sexta-feira, a música regressa a Machado dos Santos no sábado, com a sonoridade característica de Zingarus. Em palco pode contar com a “essência do tradicional, a animação do popular e o poder do rock”, como descreve a banda, num espetáculo cheio de energia e fora da caixa onde entram instrumentos como a guitarra, o acordeão, o violino, a bateria, o baixo e a voz frenética de Ivo Mendes. Diretamente de Bragança para Valongo.
Para fechar as atuações, chegam os Baluarte no domingo, dia 5. A música de alma portuguesa é a principal homenageada neste concerto que junta em palco Sara Travassos, Cláudio Dias, Rafael Silva, Jorge Ventura, Tiago Cordeiro e Vasco Travassos. Os sons originais são feitos com instrumentos tradicionais como o cavaquinho, o bandolim, o acordeão e a guitarra portuguesa.