Câmara da Maia desmente ilegalidades relativas à Academia FC Porto

Fotografia: Site FC Porto | @DR

Em comunicado enviado às redações a autarquia fala de “informações falsas prestadas por manifesta ignorância ou má-fé”.

A Câmara Municipal da Maia negou esta sexta-feira “qualquer irregularidade e muito menos qualquer ilegalidade” e diz estar “disponível para fazer prova documental disso mesmo a qualquer entidade inspetiva ou judicial”, devido às suspeitas em “relação à hasta pública realizada pelo Município de terrenos de sua propriedade que foram adquiridos pelo Futebol Clube do Porto para a construção da sua Academia”.

As dúvidas sobre a comunicação da venda dos terrenos públicos foram levantadas ontem, depois de Francisco Vieira de Carvalho, vereador do Partido Socialista (PS) ter acusado a autarquia de não esperar pelo resultado da Assembleia Municipal para comunicar a aprovação da hasta pública, noticiou o Expresso. O vereador revelou ter existido “falsificação de documentos”, o que poderá anular todo o processo do projeto de Pinto da Costa.

Francisco Vieira de Carvalho, pede a invalidação do processo de hasta pública e avança para tribunal.

No seguimento destas acusações a autarquia viu-se obrigada a reagir à polémica e em comunicado enviado hoje às redações afirma que “todas as notícias publicadas sobre essa matéria resultam de informações falsas prestadas por manifesta ignorância ou má-fé. E revelam, sobretudo, um profundo desconhecimento sobre as normas aplicáveis à publicação de anúncios de hastas públicas”.

No mesmo comunicado, o município criticou a postura do vereador do PS dizendo que as recentes declarações à comunicação social foram “absolutamente infelizes […] inverdadeiras e injuriosas em relação Câmara Municipal da Maia, que atingem a honorabilidade da maioria que compõe o Executivo e o profissionalismo dos seus Funcionários”, e ameaça com queixa ao Ministério Público por difamação.

“O citado vereador, cuja credibilidade pública é nula, na sua ânsia de protagonismo, não se coíbe, pelo seu comportamento irresponsável, de prejudicar não só a imagem da instituição Câmara Municipal da Maia como os superiores interesses do Concelho e das suas gentes, atitude já habitual, mas que urge por cobro, pelas vias à disposição num Estado de Direito Democrático”, conclui o documento.

A direção do clube, agora liderado por André Villas-Boas garante estar “acompanhar com atenção o assunto”, e ao final desta manhã reuniu de emergência na Câmara da Maia para esclarecer a polémica.

A futura academia do FC Porto, na Maia tem um custo total de 40 milhões de euros e recebeu luz verde no dia 27 de março.

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