Valongo é Capital da Literatura Infantil durante quatro dias. Prémio Álvaro Magalhães entregue.

Onomatopeia – V Festival de Literatura Infantojuvenil de Valongo está de regresso para criar hábitos de leitura nos mais novos

A Câmara Municipal de Valongo promove, de 4 a 7 de maio, a quinta edição do Festival de Literatura Infantojuvenil – Onomatopeia, que inclui a primeira edição do Prémio Ibérico de Literatura Infantojuvenil Álvaro Magalhães. Lançado no âmbito da estratégia de promoção da Leitura do Município de Valongo, o Onomatopeia o evento pretende contribuir para este objetivo colocando em contacto escritores, ilustradores e os leitores, num ambiente descontraído e capaz de oferecer um interesse sólido pela leitura e expressão plástica. A Biblioteca Municipal de Valongo, o Largo do Centenário, a Oficina da Regueifa e do Biscoito e o Fórum Cultural de Ermesinde são os principais palcos do evento. Trata-se de uma autêntica festa de celebração da palavra e da literatura infantojuvenil que decorrerá durante 4 dias, com 80 horas de programação e mais de 30 convidados, entre autores, ilustradores, músicos, artesãos e performers. Todos os eventos do festival são gratuitos.

“O Onomatopeia é mais um contributo para a formação de uma sociedade de leitores pensantes e críticos. Um leitor ativo é uma pessoa que também se envolve de forma diferente na vida em comunidade. Quem lê ativamente torna-se muito especial, com maior espírito crítico e com maior sensibilidade para os valores e atividades humanas como a cultura, a solidariedade e a cidadania”, considera o Presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, salientando que “sendo o único festival do País exclusivamente dedicado à literatura infantojuvenil, será uma iniciativa determinante para criar hábitos de leitura nas crianças e nos jovens”.

“Ler aguça os sentidos, amplia os horizontes, mostra diferentes ideias e dimensões. Torna-nos melhores seres humanos ao contribuir para o bem-estar cognitivo, desenvolvimento da criatividade, da comunicação, da imaginação e do senso crítico. Por isso, para facilitar o acesso aos livros e à leitura a todas as franjas da população, avançamos em 2014 com o projeto Ler Não Custa Nada, através do enriquecimento do catálogo das bibliotecas com a aquisição dos livros que os leitores inscritos sugerem. O projeto foi crescendo ao longo dos anos e hoje agrega um vasto conjunto de iniciativas, designadamente o Onomatopeia, as BIOtecas – Bibliotecas Verdes, o Manifestum arte de dizer, entre outras”, recorda o autarca.

Na programação de 2023 do Onomatopeia, destaca-se o prémio Ibérico de Literatura Infantojuvenil Álvaro Magalhães, com o valor monetário de cinco mil euros, que pretende reconhecer a melhor obra de literatura portuguesa ou espanhola editada no mercado nacional no ano anterior ao galardão. Os finalistas são Afonso Cruz com o livro “A flor e o peixe”; Capicua com “Mão verde”; David Machado com “Os reis do mar”; Rita Sineiro com “Filas de sonhos”; e Valter Hugo Mãe com “A minha mãe é minha filha”. O júri é composto pelos escritores Álvaro Magalhães e Adélia Carvalho (que é também curadora do Festival), pela professora universitária Lourdes Pereira e pela ilustradora e editora Marta Madureira. O vencedor será revelado a 5 de maio, pelas 22h00, na Oficina da Regueifa e do Biscoito.

Além do autor homenageado Álvaro de Magalhães, que participará no festival, marcarão presença vários autores com trabalho desenvolvido na área infantojuvenil. O festival conta com apresentações de livros, batalhas de escritores, concertos literários e sessões de poesia, leituras encenadas e sessões de narração oral, teatro de marionetas, animação performativa e mercados urbanos.

Haverá também exposições de ilustração, montras ilustradas, oficinas de ilustração e animação, destacando-se a pintura de um mural na envolvente da Biblioteca Municipal de Valongo, no âmbito do projeto V-I-A | Valongo Intervenções Artísticas.

Do programa do festival fazem ainda parte “três concertos literários” com atuações de Daniel Completo e de Alda Casqueira, no Largo Centenário, e de Luca Argel, na Oficina da Regueifa e do Biscoito, bem como as iniciativas Panquecas de Brincar (cozinha criativa) e Brinquedos Animados (100 Anos / Cinema Animação).