Presidente CMMaia considera prazos de execução do PRR “completamente utópicos”

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O Presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, esteve presente na passada sexta-feira no evento “PRR – Portugal 2030”. Lá, o autarca partilhou o seu ponto de vista sobre os prazos de execução do Programa de Recuperação e Resiliência, que considera “completamente utópicos”.

António Silva Tiago defendeu que a meta de execução deste plano “coloca Portugal diante uma missão, que à luz da realidade conjuntural do Mundo de hoje, é irrealista e impossível de cumprir”.

O autarca justificou o seu ponto de vista com as circunstâncias geoestratégicas, políticas e económicas atuais e sublinhou a “necessidade de tornar a organização do Estado mais eficiente e menos enredada em teias de burocracia inútil, redundante e que serve para pouco mais do que produzir desperdício de recursos”.

Também a necessidade de regras simplificadas e mecanismos de controlo da execução do PRR foram pontos elencados pelo autarca, tendo em vista a agilização dos processos, que, pela sua complexidade, se «tornam incomportáveis para a realidade das PME’s, comprometendo a sua participação e benefício da ‘bazuca’».

O Presidente da Câmara Municipal da Maia deixou claras as suas dúvidas de que, se não forem feitas adaptações ao plano, “tenhamos possibilidades de executar tantas dezenas de milhares de milhões de euros num, tão exíguo espaço de tempo, face à conjuntura e aos constrangimentos do modelo de organização do Estado Português”.

Estas declarações foram feitas durante o evento “PRR – Portugal 2030” que aconteceu na passada sexta-feira no Parque de Ciência e Tecnologia da Maia (Tecmaia) e que contou com a presença do Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva.