Cruzamento em Ermesinde gera troca de comunicados entre PSD e Junta — CDU lembra que alerta para o problema há alguns anos

(Fotografia: PSD Ermesinde)

A tensão política adensou-se em Ermesinde após mais um acidente grave no cruzamento entre a Travessa 1.º de Dezembro, a Rua 1.º de Dezembro e a Rua Heróis de Chaimite, junto à Escola do Carvalhal. O local, há muito conhecido pela população como um ponto crítico de sinistralidade, voltou a ser alvo de forte contestação pública, especialmente depois de o PSD Ermesinde ter divulgado um comunicado contundente nas redes sociais.

PSD exige intervenção imediata

Na sequência de um novo acidente com feridos, a estrutura local do PSD afirmou estar “profundamente preocupada e indignada” com a situação, classificando o cruzamento como “absolutamente insustentável”. No comunicado, os social-democratas sublinham que é “impossível permanecer em silêncio” perante os sucessivos acidentes e acusam a Junta de Freguesia de falta de ação.

O PSD recorda que o cruzamento está localizado junto a uma escola primária, onde circulam diariamente crianças e famílias, e critica o que considera ser uma ausência de respostas eficazes. Entre os dados avançados, destaca-se o testemunho de moradores que apontam para mais de três dezenas de acidentes nos últimos seis meses.

A estrutura apela a uma “intervenção imediata”, defendendo que a reversão do sentido de trânsito deve ser seriamente avaliada, a par de outras soluções técnicas. “A população de Ermesinde merece vias seguras”, remata o comunicado.

Junta responde e anuncia instalação de semáforos

A reação surgiu horas depois. O presidente da Junta de Freguesia, Miguel de Oliveira, respondeu através das redes sociais, afirmando acompanhar com “total atenção e preocupação” todos os temas de segurança rodoviária, mas rejeitando críticas que atribuem à Junta competências que pertencem ao Município.

No comunicado, o autarca clarifica que a Junta não tem poder legal para alterar sentidos de trânsito ou redesenhar vias, cabendo-lhe apenas transmitir preocupações e colaborar com o Município de Valongo. Miguel de Oliveira acrescenta que contactou, nessa mesma manhã, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Esteves Ferreira, que garantiu a futura colocação de semáforos no cruzamento — medida vista como prioritária para travar a sinistralidade.

O presidente da Junta deixou ainda críticas a eleitos que, apesar de terem sido convidados para integrar o executivo, “optam por fazer oposição nas redes sociais”, defendendo que soluções devem ser trabalhadas com técnicos e no âmbito institucional adequado.

CDU lembra que alerta o Município há dez anos

Apesar da recente troca de comunicados entre PSD e Junta de Freguesia, a CDU recorda que o problema não é novo. A força política tem, nos últimos anos, chamado a atenção para o cruzamento, apresentando propostas e insistindo na necessidade de intervenções estruturais.

Recentemente a candidata à Junta de Ermesinde, Ângela Ferraz, voltou a destacar o tema, defendendo que todas as soluções testadas pelo Município falharam e que o cruzamento exige uma intervenção definitiva.

A população aguarda uma intervenção no terreno que resulte na diminuição de sinistros, naquele que é um dos pontos mais sensíveis da mobilidade em Ermesinde.

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