A greve nacional da Função Pública, convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, fez-se sentir esta sexta-feira, 23 de outubro, em várias escolas do concelho de Valongo, com encerramentos totais e parciais de estabelecimentos de ensino e adiamento de atividades previstas.
O protesto, que arrancou à meia-noite, tem como principais motivos o aumento dos salários, a valorização das carreiras, a reposição do vínculo público e a defesa dos serviços públicos, num contexto em que os sindicatos acusam o Governo de desinvestimento e degradação das condições de trabalho.
Apesar do impacto generalizado, Portugal continua entre os países europeus com menos greves por cada 100 mil habitantes, segundo dados do Instituto Sindical Europeu.
Encerramentos e perturbações nas escolas de Valongo
No Agrupamento de Escolas de Ermesinde, a paralisação levou ao encerramento das escolas básicas da Bela, Gandra e Sampaio, bem como da Escola Básica D. António Ferreira Gomes. O Agrupamento de Escolas de São Lourenço, foi igualmente afetado, o que obrigou ao adiamento da Assembleia Geral para a eleição dos corpos sociais da associação de pais para o presente ano letivo.
Também Valongo, Campo e Sobrado os constrangimentos foram significativos: em algumas escolas, as portas permaneceram fechadas; noutras, a greve dos professores levou à ausência de aulas em várias turmas, deixando os alunos sem atividades e impedidos de permanecer nos estabelecimentos.
Adesão expressiva a nível nacional
De acordo com a CGTP, a adesão à greve ronda os 90% nos setores da saúde e da educação, o que levou ao encerramento de mais de 600 escolas em todo o país.
A paralisação teve igualmente impacto noutros setores, como a recolha do lixo, com adesão de cerca de 90% durante a madrugada, e nos hospitais, onde os serviços mínimos foram cumpridos, mas várias consultas e cirurgias programadas foram adiadas.
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