Internacional português do Liverpool, formado no Gondomar Sport Clube, morreu aos 28 anos num acidente de viação em Espanha. Também o irmão, André Silva, perdeu a vida.
O futebol português acordou esta quinta-feira com uma das notícias mais trágicas da sua história recente: Diogo Jota, avançado do Liverpool e internacional português, morreu esta madrugada num acidente de viação, em Zamora, Espanha, aos 28 anos. O irmão, André Silva, jogador do Penafiel, que o acompanhava na viatura, também não resistiu aos ferimentos, segundo confirmaram vários órgãos de comunicação social espanhóis e portugueses.
O acidente ocorreu por volta das 00h40, quando o veículo em que seguiam saiu da estrada, incendiando-se de imediato e alastrando o fogo à vegetação envolvente. As equipas de emergência foram mobilizadas para o local, mas já nada havia a fazer. Diogo Jota tinha-se casado recentemente, no passado dia 22 de junho, e deixa três filhos.
A morte do avançado provocou uma onda de comoção nacional e internacional. O primeiro-ministro Luís Montenegro classificou a notícia como “inesperada e trágica“, sublinhando que “é um dia triste para o futebol e para o desporto”. Também clubes, colegas e comentadores têm multiplicado mensagens de pesar e tributo a um jogador que se destacou não só pela qualidade em campo, mas também pela humildade fora dele.
Gondomar de luto: Diogo Jota foi formado no clube da terra
Embora nascido no Porto, Diogo Jota fez grande parte da sua formação desportiva em Gondomar, ao serviço do Gondomar Sport Clube, onde se destacou desde cedo pelo talento e entrega.
A ligação à cidade foi perpetuada com a criação, há cerca de cinco anos, da Academia Diogo Jota, um projeto que homenageia o atleta e acolhe atualmente 70 crianças entre os 6 e os 9 anos, divididas em várias equipas de formação. A academia tornou-se uma referência no concelho e na região, contribuindo ativamente para o crescimento do futebol jovem.
“O Diogo é a nossa bandeira. Ele representa o que de melhor pode sair da formação em Gondomar. Esta perda deixa-nos devastados”, referiu Pedro Carvalho, coordenador da academia.
A formação, com equipas a competir na Associação de Futebol do Porto e na Liga Carlos Alberto, sempre viu em Jota um exemplo de superação e inspiração para os mais jovens. Nas palavras do coordenador, “o objetivo da Academia era — e continuará a ser — formar atletas felizes e com valores, como o Diogo sempre foi”.
Diogo Jota acabaria por construir uma carreira notável ao serviço do Paços de Ferreira, Atlético de Madrid, FC Porto, Wolverhampton e Liverpool, clube onde se afirmou como um dos nomes mais respeitados do futebol europeu.
O país, o desporto e, em particular, Gondomar, choram a perda de um dos seus filhos mais ilustres.
O Jornal Novo Regional endereça as suas condolências à família e amigos.
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