O PS Valongo vai a eleições este sábado, dia 6 de julho. Duas listas se apresentam a sufrágio para a concelhia de Valongo. A liderar a lista A está Paulo Esteves Ferreira, atual vereador.
Colocamos algumas questões ao candidato e aqui ficam as respostas.
1 – Principais razões porque apresenta a candidatura à liderança do PS Valongo?
Porque Valongo não pode parar, nem dar passos atrás! Considero que o PS tem feito um excelente trabalho desde que reconquistou a Câmara, em outubro de 2013. Encontramos uma Câmara endividada e sem capacidade financeira para investir na promoção da qualidade de vida dos Valonguenses, sem expressão na Área Metropolitana nem no País. Com os equipamentos públicos e as escolas degradadas, e, se bem se lembram, com o concelho quase às escuras, porque o executivo do PSD teve de desligar metade da iluminação pública, como resultado de 20 anos de má gestão. Antes de entrarmos, sempre que se falava em Valongo, infelizmente, era pelos piores motivos. Tudo isso é passado! O PS, na gestão da Câmara, mudou a forma como os outros nos veem e tem feito muita obra, quer material quer imaterial, nomeadamente na promoção da cultura e da memória do que melhor temos. Temos projetos fantásticos e que servem de referência a nível nacional e internacional na área da transparência, na cidadania participativa, na educação, na área social, na mobilidade, etc. Acompanhei, desde o início, todos estes projetos, sinto-me preparado para continuar o trabalho que está a ser desenvolvido e tenho uma visão muita clara para o futuro do nosso município. O próximo candidato do PS terá de ter experiência, capacidade de execução e ambição para definir e continuar a trabalhar uma estratégia de sucesso para Valongo. Sei onde estamos e para onde devemos ir, sei o que somos e aquilo que podemos ser e sei como nos veem e como gostaríamos de ser vistos.
2- Se for eleito vai apostar na continuidade ou pretende implementar mudanças?
O slogan da minha campanha é Continuara Mudar Valongo, porque faço parte da equipa que, em 2013, começou, efetivamente, a Mudar Valongo. Essa mudança é hoje bem visível. De forma resumida, recebemos uma Câmara afogada em dívidas, que, por força da má gestão do anterior executivo do PSD, ficou obrigada a um Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), programa esse que castrou por completo a nossa capacidade de decisão política. Mas, mesmo assim, fizemos um grande trabalho na promoção de uma gestão séria, transparente e dedicada que deu frutos, como demonstram, quer os prémios de transparência que conquistamos, quer os prémios de boas práticas, quer as medidas implementadas de gestão rigorosa e criteriosa que nos libertaram do colete de forças do PAEL. Foi extraordinário conseguirmos abater mais de 50% da dívida herdada, mas mais ainda porque nos podemos orgulhar com a quantidade de obra realizada com o apoio dos fundos comunitários. Também neste aspeto, trabalhamos como nunca nenhum outro executivo camarário fez, para não desperdiçarmos nenhum financiamento disponível. Atualmente, em carteira, temos mais de 80 milhões para serem candidatados, por isso, não vou romper com o excelente trabalho que tem vindo a ser feito, pois faço parte dele. Obviamente que haverá ajustes e renovação, pois cada líder tem o seu estilo e comigo serão definidas novas prioridades, mas na mesma direção, tendo em conta que as estabelecidas nos anteriores mandatos estão concluídas ou em fase de conclusão. Haverá sempre mudanças, mas com o mesmo foco: posicionar Valongo como uma referência a nível nacional e internacional em vários setores como a educação, ação social, desporto, ambiente, juventude, mobilidade suave e cidadania participativa, reforçando e promovendo sempre uma atitude de melhoria contínua. Temos que apostar num plano estratégico a 12 anos, de investimento nos equipamentos desportivos e na mobilidade no seu todo e dotar o município de espaços e projetos que promovam a qualidade de vida de todos os munícipes.
Uma nota para os empresários. Durante estes quase 11 anos captamos o maior investimento privado de sempre, mas definirei um plano de ação para continuarmos a trabalhar o empreendedorismo e as empresas, para que o nosso concelho seja cada vez mais atrativo para os empresários e investidores, pois são estes quem criam riqueza e postos de trabalho.
3 – É certo que quem vencer esta eleição será candidato à Câmara de Valongo pelo PS. Caso seja eleito Presidente da Câmara, haverá pontos de confluência com a gestão de José Manuel Ribeiro? E cortes?
Já respondi na pergunta anterior. Existe, naturalmente, confluência no projeto de sucesso que mudou Valongo e que nos trouxe até aqui. Mudar é um processo de ação contínua e, por isso, é preciso continuar o trabalho com novos desafios, não só para consolidar, mas para desenvolver ainda mais a imagem de um município exemplo de boa gestão, que se tornou moderno e inovador, mas que preserva e não esquece as suas raízes e tradições. O objetivo é simplesmente esse. Valorizar o património natural, melhorar o património material e reavivar o riquíssimo património imaterial do nosso município, proporcionando qualidade de vida a todos o Valonguenses.
4- Se for candidato à Câmara, qual será o papel que pretende que José Manuel Ribeiro tenha na campanha?
José Manuel Ribeiro deixará de ser Presidente de Câmara de Valongo, mas continuará a ser um militante e um grande ativo do Partido Socialista e, nessa qualidade, sei que posso contar com o seu total apoio e empenho na próxima candidatura autárquica do PS.
5 – Se for eleito qual será a sua atitude perante o outro candidato? E se não for eleito, apoiará o seu adversário? Poderá haver o risco de uma divisão interna?
Nunca promoverei uma divisão interna. O lema da minha moção de orientação Política à Presidência da Concelhia é: Agregar, Escutar, Planear e Executar. E já comecei o trabalho de agregação. Tenho falado e convidado todos os militantes a juntarem-se ao meu projeto, mesmo aqueles que em determinada altura optaram por se afastar. Comigo só existirá um PS! A partir do dia 7 de julho, conto com todos os militantes e todos poderão contar comigo. O PS é um partido plural e democrático. É normal e salutar que haja mais do que uma candidatura, mais do que uma visão e mais do que um projeto. Quando assim é, promove-se uma eleição, os militantes decidem e a seguir caminhamos todos juntos. Depois do dia 6 de julho não haverá lado A ou lado B! A partir do dia 7 de julho, haverá um PS ainda mais forte e unido.
Se não for o escolhido neste processo profundamente democrático aceitarei e apoiarei o candidato vencedor, assim como estou certo que o camarada que disputa comigo esta eleição fará o mesmo, porque essa é a essência da vida em democracia e em particular na vida do Partido Socialista.
6 – Porque acha que será o melhor candidato para a liderança do PS e depois para a liderança da autarquia?
Não sou eu que acho, mas um conjunto vasto de militantes e de Valonguenses sem qualquer filiação partidária que me reconhecem a capacidade e o perfil para suceder a José Manuel Ribeiro e assumir os destinos da Câmara. Tenho o apoio de Vereadores, Presidentes de Junta, Secretários Coordenadores, Deputados da Assembleia Municipal e de muitos militantes. Não sou eu que tenho que achar, mas sim os militantes do PS e por isso é que esta eleição é diferente das anteriores. Nesta eleição os militantes escolhem o candidato do PS à Câmara de Valongo. Realço que, para esta eleição, temos mais de 1400 militantes com capacidade de voto. É um universo muito grande. Há sondagens que são feitas com universos muito inferiores, habitualmente com 300 ou 600 participantes. Significa que, quem ganhar, sai legitimado para ser o candidato do PS às Autárquicas 2025 e sai reconhecido como sendo o candidato que o partido entende ser o mais bem preparado para suceder a José Manuel Ribeiro.