Câmara diz ainda ter direito a ficar com os 680 mil euros do primeiro sinal e que a FC Porto SA conhecia as consequências em caso de desistência.
Esta terça-feira, a Câmara da Municipal da Maia, desmentiu uma vez mais, qualquer ilegalidade sobre o processo da venda em hasta pública dos terrenos destinados à construção da academia do FC Porto, na Maia. Num comunicado enviado às redações, a autarquia afirmou que tem havido uma “intoxicação da opinião pública” devido à divulgação de “informações falsas, com propósitos pouco claros”.
“A Câmara Municipal da Maia desmente categoricamente, como já o fez antes, que em relação à hasta pública realizada pelo Município de terrenos de sua propriedade destinados a um parque desportivo “vulgo” Academia da Maia”, se tenha verificado qualquer ilegalidade ou sequer irregularidade, em todo o procedimento daquela hasta pública”, refere o comunicado.
A autarquia liderada por António Silva Tiago (PSD/CDS-PP), vai mais longe e diz estar a ser trocado e “descontextualizado de má-fé o que é claramente dito e confirmado pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, a propósito da hasta pública”, relembrando que o ofício que veio a público refere que, e passa a citar, “o processo de submissão e pagamento foi concluído no dia 26 de março de 2024, tendo a publicação ocorrido nessa mesma data” conforme regulamento pela “Portaria 318-A/2023, de 25 de outubro”. O que contraria a versões que acusam o Executivo de não ter esperado pela aprovação da venda em Assembleia Municipal.
A anterior direção da SAD do FC Porto, liderada por Pinto da Costa, adquiriu os terrenos em hasta pública e fez o pagamento de 680 mil euros, como primeiro sinal. Falhou a segunda tranche do preço, no valor de 510 mil euros “com um cheque que não obteve provisão”.
“Finalmente, a FC Porto SAD, comunicou expressamente ao Município da Maia que desistiu da aquisição”, no entanto “nos termos do programa da hasta pública e da Lei, essa desistência tem consequências que eram e são conhecidas da FC Porto SA, nomeadamente a perda dos valores pagos”.
Neste sentido, Silva Tiago defende que o Município “não tem nada a devolver” ao clube azul e branco e conclui no comunicado que “por muito que isso nos desgoste, será sempre cumprida a legalidade e o interesse público da Maia e dos maiatos, sempre esperando, porém, que o FC Porto possa rapidamente ultrapassar as dificuldades que invoca”.
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