Os problemas causados pelas falhas da UNIR no que se refere às carreiras de Valongo (ver notícia noutro local), desde o dia 1 de dezembro, motivou um protesto do PSD Valongo.
Numa nota enviada ao nosso jornal pelo líder (recentemente reeleito), Hélio Rebelo, o PSD de Valongo manifesta a sua “preocupação e insatisfação com a atual situação dos atrasos sucessivos nos transportes públicos no município. A nova estratégia de mobilidade para a Área Metropolitana do Porto (AMP), protagonizada pela empresa UNIR criada para o efeito, tem tido um arranque de operação incapaz de cumprir a sua missão, deixando milhares de cidadãos sem um serviço de transporte viável e pontual. Como representantes do povo e defensores do interesse coletivo, manifestamos a nossa deceção perante os resultados iniciais da operação da UNIR, a qual tem sido marcada por atrasos, supressões e outras falhas graves no serviço. Esta situação não só prejudica a mobilidade diária dos cidadãos como compromete a qualidade de vida no município. O PSD Valongo lamenta ainda a inoperância da Câmara Municipal de Valongo e das Juntas de Freguesia, que têm demonstrado uma preocupante indiferença face a esta situação, nomeadamente no que respeita ao seu silêncio junto da AMP que tem falhado no planeamento minucioso que antecedeu a implementação do novo serviço de transportes. Reforçamos a nossa determinação em continuar a lutar por uma estratégia de mobilidade que sirva efetivamente o território e as pessoas”.
O PSD defende que “é imperativo não desistir face às adversidades iniciais e persistir na busca de soluções que atendam às necessidades da população. Comprometemo-nos a continuar a pressionar as entidades competentes para garantir que o operador cumpra rigorosamente com as obrigações estabelecidas no contrato. Os Valonguenses merecem um serviço de transporte público eficiente e de qualidade, e não aceitaremos menos do que isso. Reconhecemos as dificuldades enfrentadas nos primeiros dias de operação e esperamos que as medidas corretivas prometidas pela NEXT HOLDINGS LIMITED tenham o efeito pretendido, mas reforçamos a posição de que o Partido Social Democrata de Valongo manter-se-á vigilante e firme na defesa dos interesses dos cidadãos, e continuará a acompanhar de perto o desenrolar desta situação, visando sempre o bem-estar e a satisfação da comunidade que servimos”.
Juventude Popular também protesta
Também a Juventude Popular de Valongo fez chegar ao nosso jornal uma nota onde dá conta da sua indignação sobre o que se passa com os transportes públicos.
Louvando o trabalho feito até 1 de dezembro por entidades como a E.T.Gondomarense, a VALPIbus e a Auto Viação PACENSE, a JP diz que ultrapassada “a primeira semana de atuação da UNIR, verificaram-se diversas falhas que, perante um serviço público tão essencial como o de transporte de passageiros, se revelaram bastante nefastas para a vida dos Munícipes de Valongo que dependem do referido serviço para se poderem deslocar à sua escola, ao seu trabalho, a consultas médicas, às suas compras, entre muitas outras situações a que a ausência de transporte público causa um enorme constrangimento. Desde a ausência inaceitável de horários relativos ao concelho de Valongo verificada logo no primeiro dia de atuação da UNIR”
A JP acusa a Câmara de Valongo e diz que “enquanto órgão decisor diretamente eleito pelo povo, ao contrário da AMP, a Câmara Municipal de Valongo é a (única) entidade a quem os Munícipes poderão solicitar explicações sobre estes problemas, e, por conseguinte, é a (única) entidade a quem os Munícipes poderão atribuir a responsabilidade pelo facto de, no seu concelho, se terem verificado falhas inconcebíveis de um serviço público tão essencial como o de transporte de passageiros. Em democracia, existe sempre um responsável político por um problema existente. À Câmara Municipal caberia ter tomado desde cedo as mais diversas diligências para evitar esta situação dramática”.