Um empresário de Valongo (Sobrado), foi detido no Brasil, na segunda feira, acusado de tráfico internacional de crianças, após ter conseguido transportar um bebé para Portugal em outubro e de ter tentado o transporte de um segundo bebé esta semana.
A Polícia Federal brasileira prendeu, na manhã desta segunda-feira (dia 4), em Valinhos (estado de S. Paulo) um empresário português nascido em Valongo e suspeito de participar num esquema de tráfico internacional de bebês. Além do mandado de prisão preventiva, a operação cumpriu outros cinco de busca pessoal e busca e apreensão, sendo três em Itatiba (também no Estado de S. Paulo).
O suspeito é MMR, de 49 anos, nascido em Valongo. Em Itatiba, os policiais apreenderam 11 mil dólares e 6 mil euros no escritório de advogados responsável por apresentar os pedidos de guarda dos bebês.
Esta terça feira em Audiência de Custódia (ou seja ouvido em tribunal) a justiça brasileira decidiu pela prisão preventiva de MMR.
Já hoje, terça-feira, a Policia Judiciária retirou uma criança vinda do Brasil em outubro, da residência onde MMR vivia com um companheiro de 44 anos em Valongo, que terá sido constituído arguido. A criança estava em boas condições de saúde.
Seguindo o descrito pelo jornal G1 (Campinas e Região) o empresário, entre a primeira ida dele ao Brasil em 2023 e a prisão nesta segunda-feira (4), passaram-se 40 dias. Nesse tempo, o empresário registrou dois bebés como filhos e chegou a levar uma recém-nascida para Portugal. MMR registou os bebés como seus filhos e pediu a guarda unilateral, para poder retirar as crianças sem autorização das mães. Os registo foi feito em duas cidades diferentes (Valinhos e Itatiba) usando dois endereços diferentes, por isso as advogadas dele são investigadas pela Policia Federal.
Dizem os jornais brasileiros que, “mediante o pagamento de quantia monetária, MMR, em finais de outubro do corrente ano, tinha conseguido registar uma menina, com menos de um mês de vida, como sendo sua filha biológica, com falsificação dos documentos necessários para este registo, bem como outros documentos que lhe permitiam, desde logo, a regulação do poder paternal, guarda da menor e seu transporte para Portugal.
Em finais de novembro, o mesmo suspeito regressou ao Brasil e realizou o mesmo procedimento, tendo em vista conseguir idêntico resultado com outro recém-nascido, desta vez do sexo masculino, o que levou à sua detenção, antes de conseguir transportar o bebé para Portugal.
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