António Marques é presidente da Associação de São João de Sobrado (casa do Bugio e Mourisqueiro) há dois anos e meio. O primeiro mandato foi de cerca de um ano e meio e depois, com alteração de estatutos foi eleito para mais um mandato de três anos.
Questionado sobre o balanço deste tempo à frente da entidade, António Marques refere que “a associação precisava realmente de uma lufada de ar fresco, as pessoas empenhavam-se, mas depois desmotivavam. A equipa que escolhi para este segundo mandato está motivada e quer ver a associação com as portas abertas, que é o objetivo. Queremos a casa aberta para dar a imagem, cor e alegria durante todo o ano e não só nos dias de festa. Tivemos de implementar algumas alterações para legalizar a casa, resolvendo algumas falhas como a abertura de mais portas e casas de banho para deficientes motores, por exemplo”.
Acerca das atividades que a associação desenvolve, António Marques refere que são limitadas à presença na Festa da Regueifa com o objetivo de angariação de fundos, a festa das Associações em Sobrado em conjunto com a Comissão de Festas. “De resto entregamos à Comissão de Festas porque são eles que labutam para fazer a festa e precisam de fundos” diz António Marques.
Questionado sobre a relação Associação/Comissão de Festas, o dirigente diz que “é boa. No fundo somos o suporte administrativo da Comissão de Festas que depende da associação para que tudo funcione. Antigamente era autónoma, mas agora todas as ligações administrativas com as diversas entidades, Câmara e Junta por exemplo, são feitas pela associação”.
Acerca das dificuldades em organizar a festa, o dirigente refere que “ano após ano, é difícil porque a sociedade de Sobrado vê esta festa de maneira particular e o empenho é total, mas só as gentes de Sobrado não conseguem suportar a festa como foi feita este ano e os anos transatos. Por isso tem havido também um empenho grande das freguesias vizinhas. Cada comissão trabalha da melhor maneira possível, tenta angariar o maior número de patrocínios e apoios para levaram a cabo o seu objetivo”.
António Marques disse ao JNR que “ninguém pense que isto vai ter um fim. Não é possível porque vemos já nos ensaios cada vez mais pares, a adesão é tanta e com tanta juventude que podemos concluir que este ano vai voltar a ser uma grande Bugiada uma grande Mouriscada”.
Para vestir a pele de bugio ou mourisqueiro há necessidade de adquirir um fato, seja comprado ou alugado. Refere o presidente da Associação S. João de Sobrado que “felizmente continua a haver artesãos que fabricam os fatos e que os vendem ou alugam. Este ano muito tempo antes da festa já não havia fatos para alugar”.
Uma farda pode custar cerca de 600 euros, a que tem se acrescentar a máscara, as botas, o chapéu, o guizo, par de meias…
António Marques promete continuar a trabalhar para a já referida abertura de portas: “A nossa intenção é comemorar os 30 anos (6 de dezembro) com a abertura de portas”, diz.
