Domingo há eleições legislativas. Os portugueses vão escolher os 230 deputados que vão integrar a Assembleia da Republica. Esses deputados depois irão definir o próximo governo do país.
O Jornal Novo Regional pediu um texto a cada uma das candidaturas ao Circulo do Porto.
Aqui fica o texto do Partido da Terra – MPT.
O Partido da Terra – MPT: Desconfinar o ecologismo em Portugal, um compromisso para 2022-2026
O Partido da Terra – MPT foi fundado a 12 de Agosto de 1993 por Gonçalo Ribeiro Telles.
Durante este percurso de 29 anos de ecologia política estivemos em Almaraz, na Urgeiriça, em Retortillo, em Aljezur, na defesa de uma política de energias limpas, e continuamos a recusar que a energia nuclear seja considerada “verde” e uma solução para a transição energética (como recentemente sugeriu a UE com a proposta para a Taxonomia Verde), a defender o fim do investimento público numa economia assente no carbono e no uso predatório dos seus recursos naturais, a combater a desertificação e o despovoamento do nosso território e a má ocupação do espaço rural, a defender a garantia constitucional do direito humano ao acesso à água potável e ao saneamento, a defesa do SNS e uma maior igualdade no acesso aos cuidados de saúde e aos medicamentos, a urgência no reforço da governação internacional dos oceanos e continuaremos a pugnar por uma maior transparência como garante de um melhor controlo democrático das políticas públicas.
O próximo acto eleitoral surge num contexto mundial e nacional particularmente exigente face à elevada destruição da actividade económica e às profundas consequências ambientais, sociais, profissionais e de saúde pública devidas à pandemia da Covid e este é o momento para uma recuperação mais verde e justa, que garanta modelos de desenvolvimento mais sustentáveis e inclusivos e o respeito pela dignidade da pessoa humana.
Portugal necessita de visão estratégica e coragem política para alterar o paradigma do desenvolvimento, acelerando a transição de um modelo linear de produção e consumo para um modelo de desenvolvimento circular e considerando novos indicadores económicos, como o índice da “Felicidade Interna Bruta” que, complementarmente ao PIB, avalie também o efectivo bem-estar das pessoas e a sua qualidade de vida (acesso à saúde, à educação e cultura, expectativa de vida e protecção ambiental, critérios de boa governação e bem-estar psicológico).
O MPT não se enquadra numa separação ideológica redutora de “Esquerda/Direita” e centrará o seu combate político na legislatura 2022-2026 na defesa dos valores da ecologia e do humanismo para que Portugal possa, finalmente, entrar num ciclo virtuoso de progresso social e ecológico.