Legislativas 2022: Bloco de Esquerda

Domingo há eleições legislativas. Os portugueses vão escolher os 230 deputados que vão integrar a Assembleia da Republica. Esses deputados depois irão definir o próximo governo do país.

O Jornal Novo Regional pediu um texto a cada uma das candidaturas ao Circulo do Porto.

Aqui fica o texto do Bloco de Esquerda.

Em vésperas de eleições, todos os cidadãos são chamados a decidir o seu futuro.

Não há votos de primeira, nem votos de segunda. Se há igualdade na nossa democracia, é neste dia 30, em que cada voto conta, por igual. O teu voto conta.

Quando o Bloco votou contra a proposta de orçamento do Estado feita por António Costa e pelo PS, tinha razões fortes. O PS recusou negociar propostas tão sérias como o reforço do SNS, a retirada de normas gravosas, da direita e da troika, no código do trabalho, assim como a dupla penalização a quem se reforma, mesmo depois de 40 anos de trabalho.

O PS recusou negociar um orçamento à esquerda, “perseguindo” o sonho de maioria absoluta, provocando eleições antecipadas. Ultimamente, temos assistido a uma certa abertura do PS em negociar, mas não nos deixemos enganar: Costa já admite negociar com todos, incluindo a direita. Ora, António Costa demonstra que o seu objetivo foi dispensar a negociação com a esquerda e evitar medidas de justiça e defesa dos bens e serviços públicos. A elite agradece.

A esquerda deve ser mais forte, e para isso, o teu voto conta. Reforçar o Bloco como terceira força política no parlamento, para além de derrotar a extrema direita, é a garantia de que António Costa terá que abrir um novo ciclo político, assente em compromissos claros, à esquerda. Reforçar o Bloco como terceira força política, é proteger o salário, a pensão e os serviços públicos. Cada voto no Bloco é a força que condicionar uma solução de governo, que não deixe que ninguém fique esquecido, que respeite quem trabalhou toda uma vida e que dê perspetivas a quem é jovem e aqui quer trabalhar.

A direita tenta convencer as novas gerações que, com mérito, não são necessárias regras laborais. É uma mentira que mais não é o caminho para o continuar da precariedade e dos baixos salários. Onde a direita quer a lei da selva, é a força do BE que vai defender quem trabalha, estando também a defender quem trabalhou, seja pela valorização das atuais pensões, seja pela sustentabilidade da Segurança Social Pública.

A direita fica incomodada com o Bloco. É bom para Portugal e para quem cá vive e trabalha. É sinal que sabem que não vamos deixar que os grandes grupos financeiros, a banca e as seguradoras ponham mão nas pensões de quem trabalhou uma vida. Não vamos aceitar que os trabalhadores sejam vítimas da escravidão moderna, trabalhando mais horas, por menos salário. Não vamos aceitar a privatização dos serviços públicos, tornando-os mais caros e menos eficientes.

Enquanto a direita fala de qualquer coisa, menos do seu programa eleitoral de cortes e privatizações, o Bloco diz ao que vem e as pessoas sabem que o Bloco cumpre o seu programa e os seus compromissos, não deixando ninguém para trás.

Esta é a razão de quanto é importante o teu voto.