Aumenta fatura de água e saneamento em Valongo. Maioria PS justifica com contrato e PSD vota contra

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A Câmara de Valongo aprovou na reunião de ontem quinta-feira, um aumento de 3,67% na fatura da água e saneamento para 2021, o que representa, segundo o presidente da autarquia, um acréscimo médio de 85 cêntimos.
O PSD votou contra a proposta.
O texto da proposta diz que “em relação aos utilizadores domésticos, Valongo pratica das tarifas mais baixas dos concelhos da Área Metropolitana do Porto, apresentando, para um consumo padrão de 10 metros cúbicos (m3), uma tarifa média mensal de abastecimento de água e saneamento de 22,26 euros e com a atualização, a tarifa média mensal de abastecimento de água e saneamento de Valongo passará a ser de 23,11 euros este no, o que representa um acréscimo médio de 0,85 euros por cada 10 m3 de consumo”.
A proposta foi elaborada de acordo com “o clausulado do Contrato de Concessão em vigor, pelo que reúne as condições necessárias para ser ratificada pela Câmara Municipal”.
José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara de Valongo, diz que “a atualização tarifária “é contratual” e que avançar para uma “decisão unilateral de não atualização do tarifário iria abrir um conflito, injustificável, quando o aumento em causa é de apenas 85 cêntimos”.
“Para este ano o preço da água, inclusive, até reduz nos primeiros 15 metros cúbicos. O primeiro escalão da água, que é até aos cinco m3, em 2020 era de 0,8206 cêntimos e em 2021 passa para 0,8152 cêntimos, enquanto no segundo escalão, até aos 15 m3 passa de 1,1984 cêntimos [2020] para 1,1907”, precisou o autarca que acrescenta ainda que “em termos reais, o aumento versa os custos do saneamento”, sendo que Valongo “tem quase 100% de cobertura de saneamento, situação de que só o Porto, na Área Metropolitana, se pode gabar”.
Como se escreveu atrás o PSD votou contra. Na declaração de voto, os três vereadores do PSD criticaram “o aumento proposto nos tarifários de aproximadamente 4%, em contraciclo com a taxa média da inflação que tem vindo a ser negativa”.
Dizem José António Silva, Vânia Penido e Miguel Teixeira que “neste período de recessão económica, os munícipes, os comerciantes, as micro e pequenas empresas, os empresários em nome individual, as associações, as instituições de caráter social, precisam de medidas de apoio excecional no sentido de fazer face aos custos mensais com as suas despesas domésticas, e com isso alavancar os seus negócios e suas empresas, para que possam manter os postos de trabalho e assim garantir o sustento das famílias”

Para os eleitos do PSD, “com a atual proposta de aumento, o PS/Valongo prejudica os valonguenses e faz com que a Câmara se afaste do interesse público, bem como do interesse dos utilizadores do serviço de águas e saneamento”.