No Dia Nacional da Cultura Científica, que se celebrou esta sexta feira dia 24, destacou-se o importante contributo da investigação académica para o incremento do conhecimento e da conservação e valorização do Parque das Serras do Porto.
O terreno da Junta de Freguesia de Valongo, na Serra de Santa Justa, é já um verdadeiro laboratório a céu aberto. Nesta semana, uma equipa da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto esteve no local em trabalho de campo: recolheram amostras de solo para caracterização físico-química e avaliação da viabilidade do banco de sementes. Foram também recolhidas amostras biológicas, em armadilhas de queda anteriormente colocadas, com vista à avaliação da diversidade faunística do solo e ainda dados de base às diversas análises que prevêem efetuar recorrendo a ferramentas SIG. Estes trabalhos estão integrados em duas teses de mestrado e vão ser muito úteis para a gestão desta área afeta há mais de vinte anos à produção de eucalipto e que se pretende agora reconverter em floresta de conservação.
Recorda-se que, também neste terreno, um investigador da Universidade Católica Portuguesa está a implementar uma técnica de desvitalização de cepos de eucalipto com recurso a fungos, com o apoio do projeto FUTURO. De facto, a gestão do eucalipto presente no local é o primeiro passo a superar, antes de se poder reflorestar com espécies nativas.
No Parque das Serras do Porto, estão ainda em curso outros trabalhos científicos, incluindo um mestrado em torno das bacias de paisagem dos vales dos rios Ferreira e Sousa e um doutoramento sobre a temática da participação pública no processo de planeamento, ambos de estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, entidade com a qual estamos a estabelecer um protocolo que visa a promoção de estágios, dissertações de mestrado e teses de doutoramento com incidência nesta paisagem protegida regional.
