Cerca de um milhar de mulheres (e muitos homens também) participaram, no sábado em Ermesinde, num almoço organizado pelas mulheres social-democratas do distrito do Porto.
Participaram mulheres de todos os concelhos do distrito, tendo marcado presença autarcas e candidatos a autarcas laranjas no distrito.
O evento foi presidido por Pedro Passos Coelho, presidente do PSD que deixou várias criticas ao atual governo, nomeadamente no que se refere à situação na Caixa Geral de Depósitos, dizendo que o encerramento de balcões da CGD é de um “cinismo atroz” por parte dos socialistas, comunistas e bloquistas.
“No meu tempo ele [banco] era público e essas agências existiam porque é que agora têm de encerrar, agora que o banco tem de ser defendido como um banco público apoiado por comunistas, bloquistas e socialistas, isto é, de um cinismo atroz”, disse em Ermesinde.
Passos Coelho lembrou que o presidente da CGD veio dizer que, por causa do plano de restruturação, que não há “nenhuma razão” para que a caixa tenha balcões em partes do território nacional onde os outros bancos não têm, questionando se o facto de a caixa ser pública não pressupõe “até certo ponto” um nível de serviço público.
“Se a ideia é não vale a pena estar onde os outros também não estão, como é que eles sustentam a ideia de que o banco deva ser público, há de ser público porquê”, questionou.
Mas Passos Coelho também falou da descentralização, lamentando que a esquerda não tenha aceite a proposta do PSD para avançar rapidamente, mas com um projeto definido e concreto.
Antes do líder do PSD, tinham usado da palavra Maria Trindade Vale, responsável pelas mulheres social democratas do distrito, Luís Ramalho, presidente da Junta de Ermesinde e candidato à Câmara de Valongo e Bragança Fernandes, líder distrital do partido.
Trindade Vale agradeceu a resposta positiva das mulheres do PSD no apelo à presença, realçando que “quem caminha acompanhado vai mais longe”.
Bragança Fernandes lembrou a origem do Dia Mundial da Mulher e salientou o papel importante da mulher na politica distrital, tendo também referido, certamente a propósito de algumas polémicas na escolha de candidatos que “a distrital do PSD não cederá a pressões”.
Por sua vez Luís Ramalho falou do que chamou “gestão positiva do PSD na Câmara de Valongo antes de 2013”, tendo dito que ao atual executivo “falta estratégia e empreendedorismo” e que a transparência não se publicita, pratica-se. Também a falta de cumprimento de promessas eleitorais às freguesias foi referida por Luís Ramalho.
